sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ESPIONAGEM DOS EUA POR OUTRO ÂNGUL0



Por Rebecca Santoro/Christina Fontenelle
11/07/2013

Para que se compreenda a enorme idiotice e hipocrisia que ronda toda essa escandalização do mundo com a espionagem cibernética dos EUA, eu recomendo a leitura de dois artigos: ‘ESPIONAGEM E INTELIGÊNCIA. JOGANDO O JOGO, de Marco Antonio dos Santos, e INTELIGÊNCIA MILITAR, de Waldo Luís Viana. Os dois textos se completam e falam muito bem sobre a parte mais técnica relacionada ao tema, além de abordar o papel ridículo que o governo e autoridades brasileiras estão fazendo em torno do episódio. Eu vou abordar o assunto por outro ponto de vista.
O ex-agente da CIA e ‘desertor’ da NSA, Edward Snowden, que ‘revelou’ o programa de espionagem dos EUA, parece ter se transformado em herói dos que odeiam os EUA. Como nada do que se torna manchete nas mídias de grande alcance ao redor do mundo é fruto de simples relato de acontecimentos com potencial para se tornar notícia, não é sinal de inteligência achar que este rapaz esteja agindo por conta própria ‘para livrar a humanidade das garras do Big Brother norte-americano’. Tenham a santa paciência...
Vamos raciocinar. Os postos chave no comando do governo nos EUA são sistematicamente ocupados – e não importa se por democratas ou por republicanos – por pessoas ligadas à Oligarquia Financeira Transnacional – que são as grandes corporações que pretendem formar um governo mundial sob uma Nova Ordem Mundial. E isso acontece em detrimento da própria população e do Estado norte-americano. Este mesmo grupo domina completamente a grande mídia. Portanto, quando o rapazinho desertor da CIA aparece com destaque na mídia mundial atacando o governo dos EUA, é porque é do interesse da Nova Ordem Mundial.
E quais os interesses desse grupo que estão em jogo em relação às telecomunicações, via telefone ou computadores? Bem, um primeiro deles já foi satisfeito, que é o de fazer com que grande parte da humanidade se submetesse ‘voluntariamente’ à condição de estar passível de rastreamento e de monitoramento ao utilizar a rede internacional (internet ou telefone) de telecomunicações. Ninguém, em sã consciência, jamais pode ter achado que não estaria passível de rastreamento e de monitoramento ao utilizar qualquer que fosse o meio para se telecomunicar (comunicar-se com alguém à distância). Portanto, quem sai nessa chuva já sabe que vai se molhar.
Entretanto, ao mesmo tempo em que as pessoas estão submetidas a esta exposição, nos lugares onde a internet é supostamente livre, elas acabam por poder informar-se melhor e até por poder organizar-se para lutar por seus direitos e por aquilo que acreditam ser o melhor para si mesmas. Enquanto o poder da internet, via e-mails e redes sociais, for usado para promover grandes manifestações e mobilizações populares para promover eventos como “Occupy Wall Street”, nos EUA, e a “Primavera Árabe”, em alguns países do Oriente Médio, está tudo dentro dos planos e do desejo dos agentes da Nova Ordem Mundial. Agora, quando, como no Egito, a mesma ‘rede’ é usada para promover conquistas populares independentes e legítimas que vão de encontro aos interesses destes agentes, a coisa começa a sair do controle e, naturalmente, ‘providências’ são tomadas.
Por que cito o que acontece no Egito? Porque a reação dos governos de países alinhados com a Nova Ordem Mundial, entre eles o Brasil, e da grande mídia mundial, principalmente a televisiva – que alcança muito mais gente – ao que se sucedeu naquele país nas últimas semanas é um excelente exemplo de como agem estes agentes em relação aos que não se curvam aos interesses que não sejam aos nacionais. Naquele país, 70% da população, boa parcela dela nas ruas, apoiada constitucionalmente pela oposição no Congresso e por suas Forças Armadas, retirou do poder um grupo radical islâmico, a Irmandade Muçulmana, que, na figura do presidente Mursi, vinha, com o uso da força e da ‘canetada’, tentando fazer do Egito um estado teocrático islâmico que estava a perseguir e a matar opositores e cristãos. Eu sei, não foi isso que a grande mídia tem contado por aí. Mas, foi exatamente o que aconteceu. Agora, a maioria dos egípcios, bem como os militares e a oposição parlamentar à Irmandade Muçulmana, além de terem que enfrentar internamente a reação armada dos terroristas militantes da IM, têm também que enfrentar o achincalhamento de sua conquista por parte da mídia mundial, que insiste em chamar de golpe militar a ação constitucional das Forças Armadas egípcias em defesa do povo daquele país.
O recado é claríssimo. A carapuça que vista quem lhe couber. Os que ousarem se libertar das garras dos agentes da Nova Ordem Mundial enfrentarão guerra civil, terrorismo, vitimização dos inimigos internos e achincalhamento por parte da grande mídia mundial e, finalmente, represálias políticas e econômicas por parte dos países onde estes agentes atuem mais descaradamente, como é o caso do Brasil. Nos EUA, o ‘buraco é mais embaixo’ porque o estado-nação ainda é muito forte.
Voltando ao caso da espionagem norte-americana, o objetivo do estardalhaço mundial em relação à espionagem cibernética dos EUA, praticada internamente e em vários países, é tão somente promover o cerceamento das liberdades no uso da internet, não só dentro dos próprios EUA como também ao redor do mundo, onde for do interesse dos agentes da Nova Ordem Mundial. Inúmeras notícias sobre espionagem cibernética praticada por diversos países contra seus próprios cidadãos e contra outros países já foram veiculadas pela imprensa mundial e não permaneceram na pauta por mais que dois dias. Rússia, China, Cuba e Irã, ao lado dos EUA, são os frequentadores mais assíduos deste tipo de noticiário. Os EUA podem até espionar todo mundo (um contra todos), mas, convenhamos, são também as maiores vítimas de espionagem por parte de outros países do planeta (todos contra um).
Recentemente, por exemplo, a ONU foi procurada pela oposição ao agora eleito presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, para denunciar fraude nas eleições. A imprensa mundial noticiou, mas concentrou cobertura na recontagem de votos pedida pela oposição. Praticamente não se ouviu falar das denúncias de ação de ‘hackers’ que, atuando de Cuba, intervieram, ciberneticamente, no processo de apuração das urnas eletrônicas usadas na Venezuela. São denúncias gravíssimas baseadas em documentos e depoimentos de especialistas que trabalharam na execução das fraudes, com o agravante de que, segundo estes depoimentos, o mesmo processo poder ter sido ou poderá ser usado para fraudar eleições e consultas populares em outros países que usem urnas eletrônicas. (LEIAM: CUBA CONTROLOU AS ELEIÇÕES MEDIANTE REDE SECRETALOS FUNDAMENTOS DEL FRAUDE CRONICA DE UN FRAUDE). Repetindo, a carapuça que vista quem lhe couber.
Outra matéria interessante, publicada lá em 02/12/2011, é aquela na qual o Wikileaks dizia que 25 PAÍSES FAZEM ESPIONAGEM EM MASSA por meio de celulares e de computadores e que o nosso Brasil está entre as nações que fariam, secretamente, interceptações telefônicas. De acordo com centenas de documentos obtidos pelo site, estas nações contam com a ajuda de cerca de 160 empresas de inteligência do setor de vigilância em massa. Além disso, o Wikileaks afirma que essas “empreiteiras” conseguem, secretamente, interceptar ligações e controlar computadores sem que as operadoras saibam. Blá, blá, blá....
Ou seja, há dezenas de casos semelhantes. Cito alguns emblemáticos aqui:
Estamos no século XXI. As guerras de 4ª e de 5ª geração são realidade já faz alguns anos. O mundo espiona o mundo, tanto para atacar como para se defender. E vai continuar sendo assim enquanto estados-nações continuarem em sua agonia lutando contra outros estados-nações e todos contra a Nova Ordem Mundial.
Aproveitando o ‘escândalo’ da espionagem dos EUA, países como Brasil, Venezuela e Rússia (cujos governos comungam de interesses ideológicos semelhantes) já correram para a ONU pedindo para que seja implementado um marco regulatório para a internet. Leia-se CENSURA. Por aqui, internamente, já surgem no Congresso as primeiras vozes pedindo o NOSSO marco regulatório. E ele virá. Se não for agora, daqui a mais alguns anos. Entretanto, por agora, foi aprovada no Congresso a criação de uma CPI para investigar o caso de espionagem contra o Brasil por parte dos EUA. Um atestado de antiamericanismo ‘cucaracha-tupiniquim’ de causar vergonha alheia em qualquer brasileiro que tenha um mínimo de instrução.
A liberdade é um bem muito precioso ao qual só tem direito aquele que luta com todo o seu vigor para conquistar, e com muito mais intensidade ainda para manter. Informação e conhecimento são armas imprescindíveis no arsenal desse guerreiro que não pode ser somente um nem estar só.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

AS MANIFESTAÇÕES, DIDATICAMENTE...


Por Rebecca Santoro / Christina Fontenelle
Junho 2013

As manifestações populares que vêm ocorrendo de norte a sul do país transformaram-se em motivo de orgulho nacional e colocaram milhões de brasileiros em estado de entusiasmo otimista. É praticamente unanimidade na mídia ressaltar a maravilha que é o povo nas ruas fazendo manifestações. O ‘gigante acordou’ por estar cansado de tanta corrupção e de tanto serviços públicos mal prestados. A mídia condena os ‘vândalos sem rosto’ que promovem quebradeiras, assaltos e saques em praticamente todas as manifestações, como se fossem apenas ‘manifestantes revoltados mais exaltados’ e repete em seus noticiários: ‘pacífica’, ‘pacificamente’, ‘pacífica’, ‘pacificamente’, ‘pacífica’, ‘pacificamente’... ‘Sem violência’, ‘sem violência’...
Pois essa mídia, especialmente a televisiva, fez a cobertura de um evento tão importante para o país, como esse das manifestações populares, de maneira tão inescrupulosamente dissonante da realidade e dos interesses da maior parte dos manifestantes – e porque não dizer da população como um todo – que provoca indignação e vergonha alheia nos próprios colegas de profissão. Falo disso mais adiante.
Há exceções, como sempre, mas que se contam nos dedos de uma mão. Por coincidência ou não, são justamente aqueles que alertam para os perigos destas manifestações com apelos genéricos de melhoria das condições de vida. É, porque a mídia só mostra os apelos mais genéricos (com exceção dos que se referiram especificamente a não aprovação da PEC 37). As massas nas ruas podem vir a dar legitimidade a medidas ainda mais à esquerda por parte do governo, numa democracia capenga como a nossa, principalmente porque já esteja nas mãos de esquerdistas retardados que apoiam abertamente ditadores como Fidel e Raul Castro (Cuba), Nicolas Maduro (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Ahmadinejad (Irã), entre outros. 
Estes que fazem o alerta estão cobertos de razão. Entre eles estão Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino, Padre Paulo Ricardo e o site Pela Legítima Defesa cujo vídeo com alerta a respeito do assunto foi divulgado por mim no Facebook, já durante as primeiras manifestações. São taxados de pessimistas. Os ‘pessimistas’ apelam para que as pessoas usem basicamente a lei, o voto e as instituições para tirar o PT e seus aliados do poder e para que as pessoas de bem não vão às ruas apoiar estas manifestações que estão sendo organizadas aparentemente por gente comum, mas que, na verdade, estariam dando quorum para que o PT desse uma guinada ainda mais à esquerda em seu governo.
Eu sou um pouco mais pessimista do que todos eles. Com base na história da humanidade, vou mais adiante e digo que comunista não larga o poder por vias democráticas – lei, instituições e voto. Muito menos por apelo popular. A história mostra que, ainda que milhões vão às ruas, SE, e somente SE, contar com o apoio e a AÇÃO de suas Forças Armadas a população se livra dessa gente, sem ter que ela mesma enfrentá-la, QUANDO e SE conseguir armar-se até os dentes, para fazer este trabalho numa guerra civil.
Por outro lado, já que ‘o leite foi derramado’, depois que milhões de brasileiros, com as melhores das intenções, foram às ruas, há que se pegar o que haja de bom nessa situação – e há – para tentar desmontar a ‘operação de bolivarianização’ do país orquestrada pelo PT e pelo Foro de São Paulo (se você, leitor, não sabe o que seja esta organização, AQUI e AQUI). Há maneira de fazer isso e vou me arriscar a colocá-la aqui, no final de tudo.
Vamos por partes. Primeiro, um breve histórico das manifestações, para provar que de espontâneas elas não tiveram e continuam não tendo nada. Mesmo aquelas que tenham sido organizadas, por exemplo, por um grupo de conhecidos seus do prédio vizinho. Até o que parece ter sido voluntário e espontâneo foi induzido e devidamente usado – sinto dizer, contra você, leitor, cidadão comum.

CRIANDO AS MANIFESTAÇÕES

A Origem
A primeira delas, como todo mundo está cansado de saber, foi em São Paulo (SP), organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), no dia 6 de junho. O movimento que defende a adoção da tarifa zero para transporte coletivo foi fundado em uma plenária no Fórum Social Mundial, em 2005, em Porto Alegre. A articulação nacional do MPL é feita através de Grupos de Trabalho Nacionais, que organizam ações conjuntas, impressos nacionais, como o jornal nacional do movimento, e o Encontro Nacional do Movimento Passe Livre. No último Encontro, por exemplo, foi decidido criar grupos de comunicação, organização e apoio jurídico. Quem financia esse aparato todo? Você, leitor - senão com dinheiro que vem de fundos partidários (já que o movimento tem ligação com todos os partidos de esquerda radicais, incluindo o PT), com o dinheiro que sai do Ministério da Cultura, que repassou, em 2012, através de convênio com uma ONG chamada Alquimídia, mais de 600 mil reais para o MPL manter seu site. O patrocínio foi da Petrobras.
Uma das líderes do MPL, Mayara Longo Vivian (21 anos - estudante de geografia da USP), declarou: “Infelizmente, o vandalismo e a violência são necessários, para que apareça na mídia. Se saíssemos em avenidas gritando musiquinha (sic), ninguém prestaria atenção.” Entre os manifestantes do movimento presos pela PM, alguns portavam coquetéis molotov e até facas. Dias depois, em outra entrevista, Mayara declarou: “... O MPL não é juiz para dizer quem cometeu ou não cometeu um crime, mas somos contra vandalismo seja de manifestantes, seja do Estado”. Mentem, assim, como tática de guerrilha.
Querem entender como funcionam as estratégias de ação destes movimentos? Leiam ESTA excelente matéria de Flávio Morgenstern publicada no site Implicante. Ali está descrito como funciona a tática do ‘vandalismo’ e para que ela serve. Também se explica como são escolhidos os temas para os protestos – quase todos inatacáveis – para dificultar o posicionamento em contrário e para transformar em vítima quem na verdade comete atos condenáveis – crimes, inclusive, muitas das vezes.
Depois de alguns dias de manifestações e depois de se conseguir que os preços das passagens voltassem aos antigos valores, Mayara revelou para quem quisesse ouvir: ‘quem diria há 7 anos atrás que chegaríamos a este resultado maravilhoso? E se chegamos até aqui, poderemos avançar muito mais, batalhando e exigindo o fim dos latifúndios para implantar uma definitiva reforma agrária!’.

Uma Segunda Origem
Numa das primeiras manifestações que aconteceu em Brasília, a polícia prendeu agilmente, antes que pudessem produzir grandes estragos, os primeiros ‘baderneiros profissionais’. Inadvertidamente, suponho eu, seus nomes foram logo divulgados e descobriu-se que eram todos ligados ao governo. Um deles, Gabriel Santos Elias, é cofundador do movimento que promovia a manifestação - o Movimento Brasil e Desenvolvimento.  Nascido na Universidade de Brasília, o movimento é liderado por jovens que se intitulam revolucionários e que têm ligações com partidos de esquerda. Em seu comando estão dois servidores da Casa Civil e um de seus criadores é Daniel Gobbi, assessor internacional da Secretaria-Geral da Presidência (salário: R$ 11,3 mil).
O tal do Gabriel foi assessor da subchefia de assuntos parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais até 17 de maio, quando pediu demissão, deixando para trás um salário de R$ 3,5 mil. É lógico que não foi para ficar sem nada a ganhar. Outros dois detidos foram Mayra Cotta Cardozo, assessora especial da secretaria-executiva da Casa Civil (salário: R$ 7,5 mil), e João Vitor Rodrigues Loureiro, assessor técnico da subchefia para assuntos jurídicos da Casa Civil (salário: R$ 5,8 mil). Por fim, a Secretaria de Segurança do DF e a Polícia Civil afirmaram que a manifestação foi paga, informando ter provas de que foram gastos R$ 30 mil em cachês para os cerca de 300 participantes da ação, que em sua maioria eram do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.
O caso desapareceu da imprensa...

Duas Informações Relevantes
1.   No dia 23 de Junho, o Movimento Passe Livre, que havia deixado a ‘liderança’ das manifestações por considerar que a ‘direita’ havia cooptado o movimento, voltou atrás em sua decisão de não convocar mais manifestações em SP. O grupo estava contrariado por causa do que chamavam de ‘apropriação por parte de grupos de direita’ de suas reivindicações, que dizem ser ‘de propriedade da classe trabalhadora’. Motes dos próximos protestos serão tarifa zero para o transporte público, desmilitarização da polícia e mais verbas para a saúde e a educação. "Seguimos na luta pela retomada da cidade e de nossas vidas. Nessa terça, o Movimento Passe Livre - São Paulo se soma à mobilização dos parceiros do Periferia Ativa e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto", dizia a nota no perfil do Facebook do MPL. A organização Periferia Ativa defende maiores investimentos públicas nos subúrbios de São Paulo e o MTST luta por uma reforma urbana que garanta moradia aos sem tetos.
2.   “Não é uma luta qualquer. É luta de classes. A gente fala tanta coisa, escreve tanta coisa. Tanta gente cita o Che Guevara, agora o Mariguella. Chegou o dia”. As palavras são de Sergio Vaz, coordenador da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia), apenas uma das muitas iniciativas pró-periferia que há mais de dez anos realiza saraus nos quais forças de esquerda reúnem-se em bairros afastados das regiões centrais da capital paulista. Para Vaz, ‘é hora de colocar em prática todo o acúmulo’ desse e de outros movimentos como o Hip Hop, já que ‘o fortalecimento do conservadorismo’ nas manifestações populares que se espalham pelo país ‘afeta diretamente a periferia’... As declarações foram feitas durante reunião de 76 organizações de esquerda, que representam movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos, na sexta (21/06), no sindicato dos químicos em São Paulo, com o objetivo de avaliar o cenário de mobilizações no Brasil. Entre as organizações presentes estavam a Marcha Mundial das Mulheres (MMM), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Via Campesina, União Nacional dos Estudantes (UNE), Intersindical, Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Partido Socialismo e Liberdade (PSOl), Partido dos Trabalhadores (PT) etc. Reuniões como esta foram realizadas em outros estados (Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais etc). As tais organizações avaliaram que ‘é o momento de construir uma plataforma política unitária e de se organizar para levar as pautas da classe trabalhadora para as mobilizações: a democratização dos meios de comunicação, a redução da jornada de trabalho, a suspensão dos leilões do pré-sal, a reforma política e a prioridade de investimento dos recursos públicos em saúde e educação, politizando desta forma as ruas e a população que se manifesta...’

A Conexão Disso Tudo

Perceberam como nada foi tão espontâneo como parecia ser? Perceberam que o mesmo MTST que foi pago para agir em Brasília é o mesmo ao qual se junta agora o MPL em São Paulo? Perceberam que todos esses movimentos de esquerda agem em conjunto, com a conivência e o financiamento do governo do PT? Perceberam a enorme quantidade destes tipos de movimento que está sendo financiada, há anos, com o dinheiro que o PT usurpa dos cofres públicos, desde antes mesmo de conquistar o Palácio do Planalto (que o diga Celso Daniel, prefeito de Santo André (SP) pelo PT, assassinado em 2002)?
Financiam até saraus e grupos de Hip-Hop para propagar a ideologia marxista... A Abin, o Ministério Público, a Polícia Federal, todas estas instituições que deveriam servir ao Brasil e aos brasileiros jamais tomaram uma providência sequer em relação a informar a sociedade sobre este mal uso do dinheiro público para o financiamento da propagação do ideal comunista no país – regime regiamente rechaçado pelo povo brasileiro em sua imensa maioria. É que parece que o PT e seus aliados já aparelharam todas as instituições. As exceções são pontuais dentro destas instituições e têm imensa dificuldade para agir.
Por que o governo financiaria ações de movimentos de esquerda aliados contra ele mesmo? Isso não fez com que muitos que não são financiados pelo governo e muito menos a favor dele viessem encher as ruas do país protestando contra este mesmo governo? O que o governo do PT lucra com isso?
Calma. A explicação tem que ser bem didática...

O Método “Vandalismo” de Protestar
Tem gente graúda na imprensa querendo passar a impressão de que os ‘vândalos’ que aparecem em protestos nas grandes cidades e nos bloqueios a estradas sejam tão simplesmente gente revoltada um pouco mais exaltada. Não são, de maneira nenhuma. São gente instruída, muitas das vezes paga, e que sabe exatamente como, quando e porque promover as quebradeiras.
Elencar suposições para identificar esses ‘vândalos’ não parece requerer grande genialidade. Quais são, em nosso país, os grupos que, agindo de maneira bastante semelhante a que se tem visto nas ‘quebradeiras’ ligadas às manifestações atuais, têm histórico de praticar depredações e ataques coordenados contra o patrimônio público e privado e contra a polícia?
Além do que já foi descrito acima sobre a origem das manifestações, há outras pistas. O MLST, por exemplo, invadiu o Congresso Nacional em 2006, promovendo quebradeira e ferindo pessoas. A Via Campesina também tem em seu ‘currículo’ invasões a patrimônios públicos e privados que deixaram rastros de brutal destruição. Quem não se lembra da onda de ataques do PCC contra policiais de SP, em 2012? Quantos menores não são enviados para a rua, sob as ordens do tráfico, para promover arrastões ou para organizar protestos contra a morte de ‘colegas’? E as FARC – Forças Revolucionárias da Colômbia -, hein, leitores? Para quem não sabe, em várias manifestações Brasil afora, houve denúncias a respeito de estrangeiros ‘cucarachas’ circulando entre os ‘vândalos’ e participando de suas ações.

Portanto, não acho que se precise de muita genialidade e de experiência em investigações policiais para buscar a identidade dos que a imprensa vem insistindo descaradamente em continuar chamando apenas de ‘vândalos’, como se estivessem tratando de hordas inidentificáveis de jovens revoltados com os hormônios em ebulição.
Por que se arriscam esses ‘jovens vândalos’ cometendo crimes abertamente e enfrentando policiais? Também não é muito difícil de responder. Primeiro, porque são treinados para isso; segundo, porque têm quem os esteja protegendo na esfera legal; e terceiro porque sabem que a polícia não está usando armamento de alta letalidade.
Ainda duvidam? Pois bem, segue mais uma informação. Durante sessão na Assembleia Legislativa de Fortaleza, no dia de 2 de julho, o deputado estadual pelo Ceará, Perboyre Diógenes (PMDB), acusou o vereador Ronivaldo Maia (PT) de ter financiado ‘vândalos’ durante os protestos ocorridos na Capital. No dia 27 de junho, Ronivaldo, além de incentivar e de apoiar atos de ‘vandalismo’, pagou a fiança de quatro manifestantes que foram detidos durante o protesto realizado nas proximidades da Arena Castelão. A ‘manifestação’ foi marcada por cenas de guerra que levaram pânico aos moradores. Um outro deputado petista, Antônio Carlos, que pertence ao mesmo grupo de Ronivaldo no PT, disse que as declarações de Perboyre são somente “mais uma manifestação da direita conservadora”. Segundo ele, Ronivaldo apenas “acompanhou e prestou solidariedade” a alguns manifestantes que precisaram de ajuda.
No meio destes criminosos, é claro, há alguns pouquíssimos os idiotas – se é que os haja ainda - revoltados e que se juntam inadvertidamente aos ‘profissionais’ na quebradeira. Há ainda os criminosos comuns que tentam tirar benefício da situação anômala para assaltar e para fazer saques. São aqueles que têm seus nomes estampados nos jornais, que são presos e que vão ter que arcar com as consequências legais de seus atos. Os ‘profissionais’ acabam sendo liberados e os movimentos e partidos dos quais fazem parte têm suas siglas preservadas de divulgação.
Enfim, trata-se de aplicação pura de táticas de guerrilha urbana. O ‘vandalismo’ é um método. Funciona como forma de chantagear autoridades constituídas para se conseguir o que se quer. Você pode achar até que os motivos sejam justos – abaixar o preço das passagens de ônibus, por exemplo. O problema, cidadão, é o método. Você não vai achar nem um pouco justo se os mesmos métodos forem usados no futuro – já que hoje funcionam – para exigir que você não possa ter um carro, por exemplo, porque o ‘povo’ decidiu que todos devam andar de ônibus...

Pausa PARA Reflexões Sobre O Viaduto De Belo Horizonte

Nas primeiras manifestações que ocorreram em BH, perto do Mineirão, estádio onde estão acontecendo as partidas da Copa da Confederações, duas pessoas ficaram gravemente feridas após caírem de viaduto. Os acidentes foram noticiados e deveriam servir de alerta. Nas manifestações seguintes, mais quatro pessoas caíram deste mesmo viaduto. Uma delas morreu e outra encontra-se internada em estado grave. O local de onde os manifestantes caíram não é para a circulação de pedestres. A mureta é baixa. É bom que se investigue se o que aconteceu com estas pessoas foi mesmo acidental...

O QUE NÃO ESTAVA PREVISTO (PELO PT)
Ao darem início aos protestos de rua para desestabilizar governos estaduais de oposição e para dar início à aceleração do processo de bolivarianização do Brasil, as esquerdas radicais coordenadas pelo PT até imaginavam – e contavam com isso – obter certa adesão popular. Os inocentes úteis que não resistem aos apelos de reivindicações inatacáveis – quem não quer melhor educação e saúde? Entretanto, não imaginavam que uma imensa quantidade de pessoas tomasse as ruas, em mais de 100 cidades brasileiras, para mostrar sua insatisfação com os rumos que o governo está dando ao país. Protestos contra TUDO DE ERRADO QUE ESTÁ ACONTECENDO NO BRASIL. Milhões de pessoas de verde, amarelo, azul e branco varreram o vermelho da esquerda radical e do PT das ruas, para dizer que queriam varrê-los também de seu país e de suas vidas.
A técnica de escandalizar a população, desmoralizando as Instituições, corrompendo descaradamente todos os setores do poder público e de não combater a criminalidade com o rigor necessário passou das medidas. Ela é usada para fazer com que as massas saiam às ruas e sirvam como massa de manobra para que se promova ‘la revolucion’ por trás de justas reivindicações. Por semanas, antes de o povo vir para as ruas, por exemplo, viu-se pela imprensa uma série de crimes brutais cometidos por assassinos contra cidadãos indefesos de SP, MG e RJ. Não por acaso, estados em que o PT quer tomar o governo. Violência gratuita, para chocar e indignar. Pessoas levando tiros à queima roupa, mesmo sem reagir aos assaltos; pessoas sendo queimadas; crianças sendo baleadas. Era a preparação do terreno para levar grande número de cidadãos revoltados – cobertos de razão – para as ruas, atrás dos protestos organizados pela esquerda. O tiro saiu pela culatra. Milhões pelo país saíram às ruas e rechaçaram a esquerda (partidos e movimentos) e o PT das manifestações – DE NORTE A SUL, DE LESTE A OESTE, INCLUINDO O PLANALTO CENTRAL!!!!!

A REAÇÃO DO GOVERNO

Nas Manifetações

No dia 27 de junho, Lula assume papel decisivo na organização das manifestações em todo o país. O ex-presidente se reuniu em SP com os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União da Juventude Socialista (UJS), do Levante Popular da Juventude e do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). A reunião, no bairro do Ipiranga, em São Paulo não contou com a presença do Movimento Passe Livre (MPL), nem do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que, naturalmente, foram instruídos pelo PT anteriormente. Lula fez o que mais sabe: ‘piquetagem’ de esquerda revolucionária. O momento é de ‘ir para a rua’... ‘É hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças. Enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda’. Não usou essas palavras, mas disse algo com ‘se a direita quer luta de massas, vamos fazer lutas de massas’.

A tática, agora, é aumentar a atuação de ‘vândalos’ nas passeatas da população comum – que o PT classifica de ‘direita radical’. Já nas novas manifestações lideradas pela esquerda, que vêm com bandeiras de partidos e de movimentos sociais, o ‘vandalismo’ deu um tempo. Vide a que aconteceu no Rio de Janeiro, no dia 27 de junho, reunindo todas estas entidades num grupo que não passou de 5 mil pessoas – tudo ‘pacificamente’, é claro. A esquerda pareceu tão pequena... É que os mais de 800 mil cariocas que participaram dos últimos protestos de ‘direita radical’ não aderiram desta vez... Mas foi só um tempinho. O vandalismo volta mesmo nas manifestações coordenadas pelo PT, como as do MST, por exemplo, bloqueando as estradas.

No Palácio e no Congresso

Quando a primeira mandatária do país, Dilma Rousseff, apareceu em seu primeiro pronunciamento, muitos a criticaram por não parecer estar dirigindo sua fala aos manifestantes, ao apelo das ruas. Ledo engano. Ela estava sim falando aos manifestantes, mas aos ‘seus’ manifestantes. Aqueles que estavam orientados a levantar as bandeiras da ‘generalidade inatacável’ como melhorar a Saúde, por exemplo – para que ela trouxesse seus 6 mil guerrilheiros ‘médicos’ cubanos para o Brasil. Já a parte da reforma política e da corrupção a presidente deixou para ‘aprimorar’ mais em sua segunda fala, quando disse pretender propor que corrupção viesse a se tornar crime hediondo e ainda que um plebiscito popular fosse realizado para eleger uma constituinte que cuidasse especificamente da reforma política. Desistiu da constituinte, mas insiste no plebiscito.
Ou seja, o PT pretende dar uma boa guinada à esquerda, para fazer o que a esquerda chama de ‘aprimorar a democracia’. Portanto, Dilma estava fazendo um discurso bem claro para os ‘seus’ manifestantes e não para o resto das massas que estiveram ali, que, para o PT (e Cia.), serviram de massa de manobra, para dar quórum e aparente legitimidade – por aclamação popular - às medidas comunistas que se pretendia por em prática.
CORRUPÇÃO
Ora, que corrupção venha a se tornar crime hediondo pode até ser razoável. O que me preocupa é QUEM é que vai investigar, indiciar e julgar os casos de corrupção. Já que, depois que o PT assumiu o governo, simplesmente nenhum petista, até mesmo os que já foram julgados e condenados, jamais cumpriu qualquer pena que fosse. Isso quando chegam a ser julgados. Já ao pessoal da oposição ou aos não amigos da ‘malta’ não tem sido dado o mesmo tratamento. Quando se trata de petistas e de companheiros, a única prova que vale é a confissão assinada. Já para os desafetos, basta uma gravação telefônica ou um vídeo qualquer para condenar quem quer que seja. De modo que será crime hediondo para quem?
CONSTITUINTE E PLEBISCITO
Constituinte para tratar de reforma política? Por quê? Já não existe um Congresso eleito? Eleger uma constituinte para que nela estivessem senhores do interesse do PT? Para que nela se votassem e se aprovassem dezenas de leis que institucionalizassem a guinada chavisto-bolivariana à esquerda do PT e do Foro de São Paulo?
A constituinte foi descartada. O golpe, agora, pretende vir pela aplicação de plebiscito para consultar o ‘povo’ sobre um assunto complexo, cheio de detalhes e implicações que jamais poderiam ser especificados numa simples cédula de votação de plebiscito. Além disso, o que ficou claro nas aclamações populares foi que a população não confia no governo e, portanto, não lhe dá crédito nenhum para fazer qualquer que seja a reforma, muito menos a política. Mais de um milhão de brasileiros foram às ruas para deixar isso bem claro. Mas, a presidente, cinicamente, insiste em chamar, dizendo estar ‘dando ouvido às ruas’, representantes de movimentos sociais e de sindicatos que, além de não conseguirem juntar nem dez por cento dessa quantidade de gente em suas manifestações, foram rechaçados pela população que foi às ruas, não tendo, portanto, a menor legitimidade para representá-la. Trata-se de um golpe escancarado contra a maioria dos brasileiros. Isso para não falar do fato de quererem simplesmente mudar a Constituição do país para que a tal reforma via plebiscito já valesse para as próximas eleições.
A PEC 37
O Congresso não aprovou a PEC 37, para atender ao clamor ‘popular’ de centenas de brasileiros mal informados e influenciados por propaganda enganosa. Leiam, abaixo, esclarecimentos e opinião de quem entende do assunto:
 Posicionamento em relação à PEC 37 Do Deputado Bernardo Santana De Vasconcellos:Foi com muita coragem e convicção que, mesmo sabendo que a PEC não seria aprovada, e que o resultado seria quase unanimidade, que mantive a minha posição em favor da proposta. Votei por convicção, depois de estudar muito. Trabalho com esta matéria desde quando advogado militante. A minha opinião é compartilhada com a OAB Nacional e os maiores juristas do Brasil. Seria mais fácil eu fazer média e votar contra o que sempre defendi, mas seria também oportunismo e covardia. Não faz meu estilo...
... Vi a opinião pública se posicionar contra a PEC 37, motivada por uma campanha publicitária desprovida de fundamentação técnica e distorcida da realidade, com charges e frases de efeito: “PEC da impunidade” e “PEC que retira do MP o poder para investigar corruptos”.
Prevaleceu a falta de conhecimento da nossa Constituição Federal, do conteúdo da PEC e também do texto base do Grupo de Trabalho que, a meu ver, buscou aprimorar a proposta, após meses, numa solução de consenso entre representantes do Ministério Público e da Polícia Judiciária (Civil e Federal), tendo por mediadores o Ministério da Justiça (representado pelo Secretário da Reforma do Judiciário) e o Congresso Nacional (representado por mim e pelo Deputado Fabio Trad e o Senador Vital do Rêgo).
Diferentemente do que foi divulgado, os Poderes institucionais do MP nunca foram ameaçados pela proposta porque a PEC 37 sequer fez menção ao art. 129 da Constituição, que trata dos poderes do MP. Portanto, o MP nunca foi ameaçado de perder nenhum poder/dever de investigar corruptos e de acabar com a impunidade.
A “malfadada” PEC 37 tratou apenas do art. 144 que versa sobre segurança pública e sobre a competência privativa das polícias judiciárias de investigar os crimes previstos no Código Penal, tais como homicídio, roubo, estupro, sequestro, tráfico de drogas, etc.
E, ainda assim, permaneceu intocado todo o poder que o MP tem hoje sobre a investigação criminal conduzida pelas polícias. Como? Ora, como já havia dito, a PEC não mexeu no art. 129 que trata das competências do MP. Portanto, o MP manteve sempre o poder/dever de requisitar à polícia judiciária a abertura de inquérito criminal, de requisitar diligências investigatórias e até de arquivar o inquérito criminal, se quiser. Isso tudo, além de exercer, com exclusividade, o controle externo da própria atividade policial.
É neste contexto – investigação civil conduzida pelo MP e investigação criminal conduzida em parceria (polícia judiciária: executando e Ministério Público: coordenando, requisitando, controlando) – que deparamos com as famosas e televisionadas prisões de grupos organizados, entre os quais verdadeiras quadrilhas de agentes públicos corruptos, lavagem de dinheiro, evasão de divisas. A pergunta deveria ter sido: isso mudou com a PEC 37? A resposta seria simples: NÃO!!!
Então qual era o problema? O “problema” era que ao se reafirmar a competência privativa das polícias judiciárias foi eliminada a possibilidade do MP conduzir SOZINHO a investigação criminal, assumindo o papel de polícia judiciária. Ora, essa competência do MP fazer de forma solitária a investigação criminal não estava prevista no art. 129 que não foi mexido? NÃO! Essa competência não está prevista nem no art. 129 e em nenhum lugar da Constituição Federal.
Então como o MP se dizia ameaçado de perder essa competência? Ele não esteve ameaçado de perder, porque nunca a teve. Acontece que o MP, por meio de uma norma interna da própria instituição, conferiu a si próprio essa competência de fazer sozinho a investigação criminal, “abocanhando” uma competência privativa da polícia para casos em que julgar conveniente. Observem – norma interna do MP e não uma competência constitucional.
Desde o tempo de advogado militante não concordo com a ideia de uma investigação criminal solitária do Ministério Público por diversas razões, sendo a principal o respeito que devemos ter ao texto constitucional que não conferiu ao MP essa competência. A rejeição da PEC criou um perigoso precedente para que ninguém mais respeite a Constituição. Amanhã, todo mundo se julgará no direito de entrar na esfera de competência do outro, motivado pelo “bem comum”: acabou a segurança jurídica e o Estado Democrático de Direito.
Além disso, uma vez que essa competência foi incorporada internamente pelo MP, esse tipo de investigação criminal não está sujeita a nenhum controle externo e também não segue as normas processuais do Código de Processo Penal. Em síntese, é o próprio Ministério Público – investigador criminal – que estabelece as suas regras de investigação e que se autocontrola.
E que considero mais gravoso: quando falamos de crimes, devemos saber que APENAS o MP pode denunciar. Ou seja, o AUTOR da ação penal SEMPRE SERÁ o MP.
Por isso que a Constituição determina que a investigação criminal seja feita pela Polícia Judiciária: a investigação criminal tem que ser isenta e imparcial, não podendo jamais ser conduzida para atender a um fim específico. Isso porque o investigado, se condenado, perderá direitos, inclusive o da liberdade. Portanto, prevalece, por segurança jurídica, a regra: Polícia (investiga), MP (denuncia) e Juiz (julga), o que a meu ver pode ter sida quebrada com a rejeição da PEC.
A votação de ontem legitimou, sem controle e sem regramento, a investigação criminal SOLITÁRIA do MP. O MP será INVESTIGADOR e DENUNCIADOR em um mesmo processo. E não há como negar que será sempre o INTERESSADO investigando. Seria o mesmo que conferir competência investigativa criminal para o advogado de defesa do criminoso.
Mas podem justificar: isso não vai acontecer porque o MP é isento de corrupção! Ora, toda instituição, inclusive o MP, tem falhas e mazelas. Infelizmente maus profissionais existem em todas as áreas, porque isso não diz respeito ao cargo, mas ao caráter da pessoa. E, a história já nos deu mostra suficiente do que ocorre quando confiamos um poder ilimitado em mãos erradas… E neste caso, serão atingidos também os homens de bem.
E, definitivamente, não apoio qualquer proposta que entendo cercear o direito de defesa e contraditório do cidadão brasileiro. Os justos não podem pagar pelos pecadores.
Ora, entendo que se o MP deseja investigar sozinho crimes, não deveria fazê-lo “atropelando” as Polícias Civil e Federal, para arrancar-lhes uma competência constitucional. Elas podem estar mal remuneradas e indevidamente aparelhadas, mas são essenciais para a segurança pública do país, e merecem, antes de tudo, respeito.
Assim, ao invés de ter se atacado, de forma leviana, agressiva e desproporcional, uma PEC que apenas tentou defender o respeito a uma competência constitucional que estava sendo ameaçada, dever-se-ia apresentar uma PEC para legitimar constitucionalmente essa “vontade” manifesta do MP fazer sozinho uma investigação criminal, sob um contexto de segurança jurídica para o cidadão brasileiro.
Assim surgiu o Grupo de Trabalho da PEC 37, que buscou aprimorá-la, não para atender a esta ou àquela instituição, mas para fazer o que for melhor para a sociedade brasileira, em um ambiente de debate democrático e de consenso.
O Grupo já havia caminhado no sentido de que é preciso respeitar a competência privativa da investigação criminal das polícias civil e federal, conferindo ao MP, extraordinariamente, essa tão almejada possibilidade de investigar sozinho, desde que respeitada a lei vigente para evitar possíveis abusos. E caso ocorram, com a devida responsabilização de quem os cometeu. Infelizmente esta proposta se perdeu com a rejeição da PEC.
Me vi surpreendido com a campanha contra a PEC 37, aonde alguns integrantes do MP, de forma irresponsável, propagaram informações distorcidas sobre o assunto, o que contaminou uma construção legislativa de consenso que, a meu ver, atenderia ao anseio da sociedade brasileira...


Confesse, leitor, você não sabia de nada sobre o que foi descrito acima pelo deputado. Foi atrás do que dizia a propaganda contrária à aprovação da PEC na TV e na Internet. Se o Ministério Público fosse lá esse bastião todo da honestidade e da seriedade, Lula já estaria no banco dos réus, não só pelo mensalão, mas por causa de dezenas de outros casos de corrupção, de mau uso do dinheiro público e até de crimes comuns cujas investigações levavam direto às portas do Palácio do Planalto.

O QUE QUER A ‘DIREITA’
Já disse antes. Vou repetir. A população foi às ruas para pedir providências para melhorar o transporte, a educação e a saúde públicos, e para dizer que quer o PT, seus aliados e Dilma fora do governo, bem como também para pedir cadeia para os corruptos – especialmente para aqueles que já foram condenados no julgamento do mensalão na última instância da mais importante instituição jurídica do país – o Superior Tribunal Federal.
Retirado de reportagem no Estadão/montedo.com:
Grupos que não se intitulam nem de direita nem de esquerda convocam atos anticorrupção em várias cidades brasileiras pelo Facebook. Alguns defendem a volta das Forças Armadas ao comando do País e todos clamam pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A página do Facebook NASRUAS, moderada pela ativista Carla Zambelli, funciona como âncora para espalhar atos destas várias organizações. "Roubamos a pauta porque o Movimento Passe Livre tem um tema muito restrito, que não nos representa. Eles insistem em dizer que o tema é reforma agrária e mobilidade, mas o povo brasileiro provou que a luta é contra corrupção. No protesto de quinta, ninguém tinha cartaz de reforma agrária", diz Carla. "Só 'petralha' para dizer que o movimento anticorrupção é 'vago'. Se não for pelo amor é pela dor, a gente quer parar o Brasil mesmo."


Carla diz não defender a ‘ditadura’ militar, mas faz ressalvas. "Talvez eles (grupos que defendem o militarismo) estejam certos em dizer que Forças Armadas tenham de tomar conta. A gente quer que os fichas-sujas saiam do Senado 
Para o fundador do Revoltados Online - que também convoca as manifestações anticorrupção -, Marcello Reis, "não é o momento" de falar se o grupo é contra ou a favor do militarismo - "Não achamos que agora há necessidade de falar isso. Não é que nós somos contra ou a favor (da intervenção armada). Se for necessário, sim."
Reis acredita que uma alternativa ao regime militar é a redução dos partidos a cinco - dois de direita, dois de esquerda e um de centro. "Temos mais de 40 partidos, mas não temos 40 ideologias. Uma solução imediata, se houvesse o impeachment da Dilma, seria deixar o Joaquim Barbosa por seis meses como presidente até que fossem convocadas novas eleições, das quais só participariam partidos fichas-limpas."e agora há necessidade de falar isso. Não é que nós somos contra ou a favor (da intervenção armada). Se for necessário, sim."e do Congresso. Mas como tirá-los? Não há demissão. Então a Comissão de Ética tem de entrar, ou as Forças Armadas tirá-los dali", diz.

Não sei quem são e nem como agem, mas sei que ninguém desses movimentos - que também têm representatividade popular – foi chamado pela presidente para conversar e apresentar saídas para a insatisfação generalizada com seu governo.

A MÍDIA E A OPOSIÇÃO
De um lado o PT e seus aliados tentam impor à sociedade seu modelo bolivariano de democracia – que é nada mais nada menos do que o velho comunismo. Ponto. De outro lado, alguns oposicionistas e vozes de comentaristas espalhados pela imprensa não conseguem admitir que a tal da abertura democrática acabou servindo para colocar o governo do país na mão de bandidos e que houve sensível regressão na caminhada tão sofrida do Brasil em direção ao primeiro mundo. Não têm a humildade de reconhecer que deu tudo errado. Não se conformam em constatar que a liberdade que artistas e articulistas pretenderam conquistar para dizer e fazer o que bem entendessem não lhes tenha levado ao paraíso – inclusive porque, hoje, se falarem o que bem entenderem estarão fora da mídia, passarão por dificuldades financeiras e sabe-se lá mais o que. Contentam-se, agora, com seus gordos salários e suas vidas de celebridade.
A imprensa colocou todos os manifestantes no mesmo caldeirão de ‘insatisfeitos sem propostas definidas’. Apesar de falar da ‘diversidade’ de clamores, mostrou como exemplos dessa generalidade apenas alguns ativistas gays e algumas categorias profissionais com protestos mais específicos. Deu destaque somente aos que foram às ruas com pedidos genéricos como por melhores condições de transporte, educação e saúde. Falou do fenômeno de rejeição aos partidos comunistas e ao PT como se a população estivesse rejeitando a política, todos os políticos e partidos políticos. Uma grande mentira! Primeiro porque nenhum partido além do PT e dos de esquerda radical reivindicou ‘o direito de se manifestar’ junto com o povo. Segundo, porque foram igualmente rejeitadas as bandeiras de movimentos sociais de esquerda. Portanto, o objeto da rejeição foi a esquerda socialista.
Fixaram a cobertura dos acontecimentos no ‘vandalismo’ e nas agressões policiais, com o claro objetivo de desencorajar a participação das pessoas de bem que crescia assustadoramente pelo país e que, mais cedo ou mais tarde, obrigaria a exposição da verdade: rejeição popular ao o PT e ao governo. Além de estar refém das verbas de publicidade do governo, o dinheiro e os contratos envolvidos na Copa da Confederações e na Copa do Mundo ditaram o comportamento aviltante da imprensa na cobertura das manifestações. Foram tantas as mazelas de manipulação da informação que daria para escrever um livro.
Como fez em outra oportunidade, quando houve uma campanha na internet e protestos de rua sob o mote ‘Cansei’, a mídia ridicularizou o movimento. Daquela vez, com deboche descarado e, agora, manipulando imagens e informações.
O recado para a mídia de grande alcance é o seguinte: aproveitem, porque quando essa gente realmente guinar à esquerda, vai acontecer com a maioria de vocês o que aconteceu com gente da mídia na Venezuela, na Argentina e na Bolívia. Não vai adiantar fazer campanha na TV e nas rádios e muito menos passeatas com apoio da população. Na Venezuela, por uma emissora que ousou levar verdades sobre o golpe de Chávez à população, mais de um milhão de venezuelanos foram às ruas pedir que o governo continuasse a deixar funcionar. Venezuelanos foram mortos e o ditador ignorou o apelo popular. Imaginem aqui, onde a população já hostiliza gente da imprensa televisiva por não mais suportar ver tanto cinismo e conivência com este governo nas telinhas. A população não é idiota e reconhece na mídia a enorme parte que lhe cabe de culpa por estes criminosos terem chegado ao poder e dele não terem saído desde então.
Antes usarem de humilde reflexão sobre seus erros agora, e começarem a ficar do lado da maioria dos brasileiros, trazendo a verdade sobre o que esteve e o que está acontecendo no país, do que mais tarde amargarem do próprio veneno quando esta gente que está no poder assumir seu lado mais radical.
O mesmo erro da mídia está a cometer a oposição, ainda que esta já esteja começando a falar mais seriamente em golpe chavista do PT. Pode ser tarde. Enquanto puderam, não houve um político sequer com coragem para denunciar a participação do PT no Foro de São Paulo e no seu envolvimento com o crime organizado nacional e internacional. Se antes de qualquer eleição havida anteriormente, apenas um de vocês que fosse, com foro privilegiado, tivesse falado em rede nacional, nos seus programas políticos do horário eleitoral gratuito, sobre a liderança de Lula no Foro de São Paulo, essa gente não estaria hoje no poder. Agora, aguentem.

RESUMO DA ÓPERA

O que você, cidadão que saiu às ruas com as melhores das intenções, conseguiu até agora brincando de fazer revolução?
Conseguiu que o governo passasse a infernizar o país com o projeto de realização de um plebiscito que, seja o que quer que venha a ser aprovado, sempre favorecerá o PT. Conseguiu que o governo ganhasse força em sua meta de colocar mais de 6 mil guerrilheiros cubanos disfarçados de médicos espalhados pelo país. Conseguiu que o PT colocasse milhares de militantes nas ruas e estradas do país, com suas bandeiras, mostrando seu poder de mobilização. Conseguiu, com a derrubada da PEC 37, colocar nas mãos do Ministério Público o poder de investigar e de acusar formalmente qualquer cidadão num mesmo caso. No Ministério Público também tem gente que milita pelo PT, fazendo da vida de milhares de profissionais honestos um inferno e dificultando enormemente, quando não impedindo, seu trabalho. Há! Ia me esquecendo. Conseguiu reduzir o preço das passagens de ônibus em várias cidades do país. Tenho ‘certeza’ de que os quinze, os vinte ou os vinte e cinco centavos economizados diariamente por milhares de brasileiros que usam o transporte público não lhes serão 're' tomados de uma forma ou de outra. Tenho ‘certeza’ de quem sairá ganhando desta estória é o povo...

A SAÍDA
Vários articulistas se pronunciaram sobre as manifestações. Um deles falou sabiamente: ‘não se brinca de revolução impunemente’. Outro que entende de mobilização popular é o velho ditador sanguinário Fidel Castro. Em suas palavras ao aprendiz de ditador Hugo Chávez, foi claro: ‘o dia em que os cristãos se levantarem você cairá’.
Portanto, leitor manifestante, quer fazer revolução? Prepare-se, porque não é fácil e não é coisa da qual se deva desistir irresponsavelmente no meio do caminho. Se por um minuto sequer achar que não conseguirá levar uma briga dessas até o fim, não comece, porque, caso contrário, as consequências poderão ser as piores para você mesmo. É o perigo que enfrentamos agora que a esquerda radical e o PT dominam novamente as manifestações de rua. É o perigo que enfrentamos agora por não termos sabido ou tido como colocar a imprensa para falar as verdades sobre as manifestações. O povo nas ruas, sozinho, não derruba governo nenhum. É necessário o apoio de pelo menos alguma oposição no Congresso, de autoridades dentro das Instituições e das FFAA, de parte do grande empresariado e ainda da imprensa. Não necessariamente nesta ordem e nem de todos simultaneamente. Foi assim que se conseguiu que o presidente Fernando Collor renunciasse.
Você, leitor manifestante, tem ideia da ‘rede de intrigas’ contra a qual está lutando? Vou dar apenas um dos muitos exemplos que poderia dar. E não é para desanimar ninguém, mas para ajudar a informar.
Você já ouviu falar da Friboi? É provável que sim. Trata-se de uma das maiores empresas que trabalham com carne bovina do mundo. Ela faz parte do oligopólio JBS. Recentemente o grupo entrou no mercado de aves também com a compra da Seara, quando passou a ser patrocinador oficial da Copa do Mundo de 2014, uma vez que a Seara havia adquirido uma das cotas do evento. Um dos donos da Friboi, Joesley Batista, é casado com a âncora do telejornal da BAND, Ticiana Vilas Boas. Ex-sócio do grupo, o empresário José Batista Júnior, irmão de Joesley, pretende concorrer ao governo de Goiás em 2014, pelo PMDB, partido a que se filiou depois de pressão do ex-presidente Lula - afinal, o frigorífico da família de José Batista Júnior recebeu, durante seu governo, somente do BNDES, R$ 7,5 bilhões. Somando transações financeiras com BNDESpar, Fundos, CEF e BB, a quantia pode ter chegado a R$ 20 bilhões.
Vejam o desabafo do deputado federal Ernandes Amorim (PTB), em maio de 2010, ao repercutir lucro líquido de quase R$ 100 milhões, no primeiro trimestre daquele ano, do grupo JBS Friboi, após intervenção do BNDES. Amorim diz ter requerido vários pedidos de investigações de favorecimento do BNDES ao cartel de frigoríficos no país: “Não sei se pelo apoio dado a caixa de campanha do partido do presidente Lula, conforme denunciado pela mídia nacional, no patrocínio inclusive de um filme sobre a história do presidente, só sei que a coisa não anda. E o que se vê, a cada dia, é o dinheiro do trabalhador favorecendo um grupo antes falido, que com as injeções contínuas em épocas certas, domina o mercado de carne e já parte para investimentos até na usina de Belo Monte, e os pequenos e grandes ficam reféns desse cartel”. De acordo com o parlamentar, em apenas uma das operações do tipo, a “mágica” foi simples: ‘o JBS Friboi colocou à venda um pacote de dois milhões de debêntures no valor de R$ 3,48 bilhões, e como não houve interesse do mercado, o BNDES comprou 99,9 % dos papéis através da BndesPar, empresa de participações do banco. Nessa “brincadeirinha” o Bndes já “torrou” dos recursos do trabalhador ao menos R$ 7,5 bilhões só com a Friboi’.
Somente deste grupo ‘empresarial’ haveria muito mais o que falar. E, como este, existem outros. Ou seja, não se trata de uma elite que assim tenha se tornado por vencer etapas dentro do ‘capitalismo selvagem’. Trata-se de uma gente que foi colocada onde está pelo governo do PT e de seus aliados, com dinheiro público, para financiar a permanência do partidão no governo do país. E essa é apenas uma das vertentes de financiamento e de dominação. Na verdade, já convivemos com o capitalismo de estado que sempre foi o sistema econômico reinante nos países comunistas para sustentar suas nomenclaturas.
Portanto, para tirar esses criminosos do poder, vai ser preciso bem mais do que sair às ruas segurando cartazes com pedidos genéricos.
Há duas manifestações importantes programadas para julho. Uma é CONTRA O FORO DE SÃO PAULO, no dia 31 de julho, em São Paulo. Nesse dia, representantes de todos os partidos e movimentos de esquerda, incluindo grupos revolucionários como as FARC da Colômbia e o MIR chileno, estarão reunidos naquela cidade. A OUTRA é a que pretende levar as famílias e os que acreditam em Deus para as ruas, no dia 10 de julho, pela liberdade e contra o comunismo. Esta última pretende que movimentos parecidos ocorram simultaneamente, por iniciativas espontâneas locais, em várias cidades do país.
Informem as PM(s) de suas cidades e peçam seu apoio. Acreditem, a maioria dos policiais pensa exatamente como você e, se pudesse, estaria em seu lugar protestando. Igualmente, comuniquem-se com os comandantes militares de suas regiões, pedindo apoio e proteção. Não adianta se dirigir ao comando central - ou seja, aos comandantes das três forças - pois, se estão à frente das FFAA desde os tempos de Lula, é porque são gente de confiança do PT. Assim como vêm fazendo há anos com a população, ignorando-a, que sejam os três, agora, solenemente ignorados por ela.
Não levem cartazes com pedidos vagos como ‘Pela Educação e Saúde’, ‘Fora Corruptos’ e coisas do gênero. Sejam objetivos. Peçam o que desejam: ‘Não ao Plebiscito’, ‘Intervenção Civil-Militar’, ‘O Brasileiro diz não ao Comunismo’ , "Sabemos do Foro de SP - AUDITORIA NELES!!!" e outras frases bem diretas, para que a imprensa não possa reduzir as aclamações a ‘uma simples insatisfação popular com tudo que há de errado’.
São algumas sugestões que deixo aqui.

UM LEMBRETE DA HISTÓRIA
Comunistas feito essa corja de bandidos que tomou conta do governo e das instituições do país não saem do poder por vias democráticas e legais. No Brasil, foi preciso antes e, agora, mais uma vez, parece que será necessário convocar a ação das nossas FFAA. A corja revolucionária só entende a língua das armas. São capazes de cometer as maiores atrocidades em nome da causa e do partido comunistas. Hoje, será bem mais difícil se livrar dessa gente do que jamais foi em nossa História. Caminhamos muito provavelmente para uma sangrenta guerra civil. Talvez ainda não exatamente agora, mas num futuro próximo, infelizmente. Que a Santíssima Trindade, Nossa Senhora e os Anjos nos protejam a todos e nos poupem desta desgraça.
NOSSO MINISTRO DA JUSTIÇA, José Eduardo Martins Cardozo, NO FORO DE SÃO PAULO, 2010
https://www.youtube.com/watch?v=fCEJ3ydG0H8#action=share
UMA ESPERANÇA FORA DO BRASIL
Os EUA começam a superar a crise econômica interna. Precisam de mercado consumidor fora de suas fronteiras. Precisam que este mercado tenha muita capacidade de expansão e por um período demorado. As Américas do Sul e Central apresentam realidades socioeconômicas ideais para se encaixar no modelo de mercado externo que os EUA precisam. Mas, faltam-lhes melhores condições de infraestrutura logística, desburocratização, pessoas técnica e intelectualmente mais bem preparadas e drástica diminuição da corrupção e da criminalidade. Desta vez, não se trata de manter as duas irmãs continentais do país mais poderoso do mundo no modelo exclusivo de exportadoras de matéria prima e de importadoras de bens de consumo. As indústrias do Turismo e de Serviços (e todas as cadeias produtivas correlacionadas) fazem parte desse novo pacote visionário. A retomada do crescimento industrial na produção de bens intermediários e também de bens de consumo de alguns setores como o têxtil também.
O mais que se fale aqui já entrará por outros ângulos de abordagem que não vêm ao caso. Mas, o fato é que quando um país gigantesco e poderoso como os EUA faz determinados movimentos, há que se prestar atenção para ver o que significam.
Mais uma coisa: voltem seus olhos para o Egito. Há muito o que aprender...
Cora Ronai publicou (3.07.2013) o seguinte, depois que militares egípcios tiraram do poder o presidente ligado à Irmandade Muçulmana:
Fala Ramez Salama, um dos meus amigos egípciosNós ficamos tão traumatizados com a ditadura que não conseguimos mais perceber qualquer ligação entre civis e militares como algo positivo. A maioria dos egípcios, porém, está aplaudindo os seus militares como heróis.
Meu amigo Ramez Salama só não é um típico egípcio porque é copta, e os coptas são, hoje, minoria. Mas ele estudou egiptologia e exerce uma das profissões mais populares e requisitadas por lá: é guia de turismo. Passamos uma semana juntos e, claro, conversamos muito sobre a situação do país. O que ouvi dele foi, essencialmente, o que ouvi de todos os outros egípcios com quem conversei — motoristas, taxistas, lojistas, cozinheiros, garçons, funcionários de embaixada e assim por diante.
Ramez acaba de postar o seguinte: “Meus amigos espalhados pelo mundo… Não acreditem na CNN e na BBC. Isso não é um golpe militar… Isso é a defesa pelos militares da identidade egípcia, usurpada pela Irmandade Muçulmana. Ao longo do último ano, ela tentou mudar a cultura do país à força, e nos fez sofrer muito. A IM não tem visão… é um bando de terroristas. Longa vida ao Egito e aos nossos grandes líderes militares!
Resta saber quem vai vencer a batalha que vem por aí: a maioria do povo egípcio ou a mídia manobrada pelas grandes corporações que lutam pela Nova Ordem Mundial. E a nossa batalha, quem vai vencer?