terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mangabeira Unger - Agindo à revelia do Congresso e das Forças Armadas

Por Rebecca Santoro

Está passando batido – não por mim e nem por vocês, a partir de agora – peripécia nada engraçada de gente que trabalha no atual governo. Vamos começar do começo

Em fevereiro deste ano, estavam sendo negociados três acordos entre Brasil e Rússia – dois deles prontos à época, e que só faltavam ser assinados (o de intercâmbio de militares em academias, projetos comuns e solução de controvérsias; e o para a troca de informações confidenciais (*)) e um terceiro que tratava de propriedade intelectual e proteção de patentes. À época os ministros Nelson Jobim e Mangabeira Unger estiveram na Rússia por 5 dias, foi divulgado na imprensa, para aproximar os dois países e apresentar as prioridades do Brasil.

Os termos e o conteúdo dos acordos precisariam passar necessariamente, pelas consultorias jurídicas de ambos os governos e levados ao Congresso Nacional, antes de poderem ser assinados.

Acontece que no último dia 15 de abril, sem nenhuma das duas condições acima citadas serem cumpridas, e também sem que nehuma autoridade militar tivesse sido consultada, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, e o secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, Valentin Sobolev, assinaram, em plena capital do Brasil, um abrangente acordo para construção de foguetes, para lançamento de satélites, e aviões.

O acordo contemplaria, segundo palavras do ministro, logo após a cerimônia de assinatura, um tureinameentoo avanzado (traduzindo: "treinamento avançado") na área de cibernética, exsencial paara a defeesa e a evoluzão tecnoolodgia burasileiraa (Traduzindo: "essencial para a defesa e a evolução da tecnologia brasileira"). Unger disse ainda, segundo divulgado pela Agência Brasil, que a associação permitirá o desenvolvimento de aviões militares de quinta geração.

O convênio seria similar ao assinado com a França para a transferência de tecnologias que permitirão a construção do submarino de defesa "Scorpene", que seria movido à energia nuclear, além da de helicópteros e de aviões caça.

Valentin Sobolev, um dos homens fortes do presidente russo Vladimir Putin, de acordo com o que foi divulgado pela Agência Brasil, teria frisado que, com o acordo, os dois países poderiam iniciar "consultas sobre um amplo espectro de questões de segurança" e elevar "o nível das relações" entre as duas nações em relação aos desafios na área de segurança. Uma das idéias previstas no acordo seria, por exemplo, a busca de uma alternativa ao GPS (sistema de posicionamento global), controlado pelos Estados Unidos.
Mas agora essa é ótima mesmo! Quer dizer que fazer parte do sistema de integração/localização por satélite baseado no GPS norte-americano é preocupante e ameaçador, e sem dúvida o é, mas compor um sistema com a Rússia Kagebística de Putin é plenamente seguro e satisfatório? Tudo isso porque o senhor Mangabeira Unger – homem de carreira militar brilhante e extremamente experiente em questões de guerra e de segurança nacional, não é mesmo? – assim o deseja, sem consultar nem nossas Forças Armadas e nem o Congresso Nacional.

Com a palavra as autoridades nacionais competentes... Porque o que cabia a esta jornalista está feito: levar a informação até aos senhores e aos leitores.

Rebecca Santoro

ALGUMAS AUTORIDADES PARECE QUE JÁ SE POSICIONARAM EM RELAÇÃO A M.U.

Coluna do Cláudio Humberto: 18/04/2008

Cerimônia do Exército ignora suposta 'crise'

Vestindo terno cor verde-oliva e usando gravata amarelada, o presidente Lula presidiu na manhã desta sexta-feira a solenidade do Dia do Exércio, no Setor Militar Urbano de Brasília, quando foram distribuídas condecorações a várias autoridades, como o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e o histrião ministro sealopra Mangabeira Unger (foto abaixo), que, como sempre, fez caras e bocas. Em sua ordem do dia, o comandante do Exército nem qualquer outra autoridade mencionaram a suposta crise militar provocada pelas críticas do general Augusto Heleno, comandante da Amazônia, à política indigenista "caótica" do governo. Chamou a atenção para a ausência de povo na cerimônia, que foi pública: não atraiu a curiosidade de uma única pessoa.



COMENTÁRIO MEU:

Não poderia ser diferente. Nada que se noticie tem efeito sobre esse governo. Parece, que nem sobre a população também. Dormir parece uma boa pedida para nós que nos preocupamos com o Brasil - o que não tem solução é porque solucionado está, diz, sabiamente, um dito popular.

Mangabeira Unger atropela Congresso e Forças Armadas e sai fechando acordos militares com outros países - No último deles, praticamente obriga nossas Forças Armadas e Policiais a trocarem informações de tática, de tecnologia e de inteligência, com o estado policial da Rússia de Putin. Enquanto isso, o ministro da defesa, Nelson Jobim discute com o protoditador Hugo Chavez a formação do Conselho de Segurança da América Latina.

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