Por Rebecca Santoro
Os sempre alertas colunista Cláudio Humberto e Jorge Serrão publicaram, hoje, nota e matéria, respectivamente, falando que três dos generais não amigos do jeito petista de desgovernar o país teriam sido exonerados de seus cargos e transferidos, um para a reserva e dois para o Ministério da Defesa – local, onde, dizem, ficariam ‘encostados’ e sem função de importância.
São eles: o General Heleno, Comandante Militar da Amazônia; o General Mário Madureira, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste; e o General Luiz Edmundo Maia de Carvalho, que é odiado pelo ministro Nelson Jobim, por ter se manifestado, em nome do Alto Comando do Exército, contra os moldes do lançamento do livro "Direito à Memória e à Verdade" – documento, aliás, cheio de mentiras.
Eu estou tentando confirmar a notícia com um dos próprios generais atingidos pela vingança presidencial. Ainda não consegui.
Alguém disse, acho que em nota dos clubes militares, agora não me recordo bem, que, caso acontecesse alguma coisa parecida com o General Heleno, o presidente Lula assistiria a maior manifestação civil-militar em prol de um general e de um ideal que jamais se vira na história do Brasil. Domingo, amanhã, é um ótimo dia para começar, aqui por Brasília mesmo, para depois se estender ao resto do país, em frente ao QG do Exército e, depois, no mesmo dia ou depois de amanhã, em frente ao Palácio do Planalto. Aguardarei todos lá para fazer a cobertura jornalístico-fotográfica (e para me manifestar também, por que não?!). Tudo bem, é dia das mães. Mas qual mãe não quer que seus filhos vivam em liberdade?!...
A decência e o cumprimento do dever podem estar em decadência neste governo, que pune aqueles se atrevem a trabalhar com seriedade e com dignidade. A Amazônia pode acabar mesmo sendo, pelo menos parte dela, doada ao governo mundial da ONU. Mas, em nome de todos aqueles que tanto lutaram, em nosso passado, pela liberdade e pela construção de um país digno, e em nome daqueles que crescerão nesta terra, não passarei para a História deste lamentável período pelo qual atravessa nosso país, como uma covarde, omissa e apática cidadã.
NOTA DO CLÁUDIO HUMBERTO:
10/05/2008 00:00
Punição
Lula definiu a punição do general Augusto Heleno, que ousou criticar sua política indigenista: vai removê-lo para função burocrática em Brasília.
MATÉRIA DO JORGE SERRÃO:
Vingança de Lula: General Heleno sai do Comando Militar da Amazônia para a “geladeira” do Forte Apache
Segunda Edição de Sábado do Alerta Total http://alertatotal.blogspot.com
Sábado, Maio 10, 2008
Por Jorge Serrão
O chefão-em-comando das Forças Armadas, Lula da Silva, não perdoa quem o desafia, e aproveita para destilar seu revanchismo contra o General de Quatro Estrelas que criticou a política indigenista como porta-voz informal do Alto Comando do Exército. O General Augusto Heleno Ribeiro Pereira será afastado do Comando Militar da Amazônia. O militar foi “promovido” a uma função burocrática no Ministério da Defesa, em Brasília. Vai para a “geladeira” do Forte Apache – apelido do Quartel General do Exército. Os Clubes Militares vão reagir com notas de ataque ao governo.
A canetada vingativa do ministro da Defesa, Nelson Jobim, obedecendo à sede de vingança de Lula, foi tomada ontem de noite. Atinge em cheio o General brasileiro com maior experiência hoje em combate. Heleno comandou as tropas da ONU no Haiti, realizando operações bem sucedidas para combater o governo do crime organizado naquele pequeno país. Heleno passou 15 meses no Haiti combatendo gangues na linha frente. Ainda não se sabe quem vai assumir o Comando Militar da Amazônia, que compreende a região Norte e o Estado do Maranhão, em parte, exceto o Estado do Tocantins, e também envolve a 8ª Região Militar, com sede em Belém do Pará e a a 12ª Região Militar, sediada em Manaus.Outra mudança no Alto Comando do Exército será a saída, no meio do ano, do Chefe do Estado Maior O General Luiz Edmundo Maia de Carvalho é odiado pelo ministro Nelson Jobim, desde que o oficial o desafiou ao manifestar a posição contrária do Alto Comando contra o lançamento do livro "Direito à Memória e à Verdade". Os militares reprovaram o documento oficial do governo federal que pela primeira vez acusa integrantes da ditadura de tortura e mortes. Na época, Jobim afirmou que a tropa recebia o lançamento do livro como algo "absolutamente natural". E que reações diferentes dessa "teriam resposta". Na época, Jobim não pôde detonar o General Carvalho, que deixará o cargo porque em junho expira seu tempo no Generalato.
Outro alvo da ira do presidente Lula e do ministro Jobim é o chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste, General Mário Madureira. O militar entrou para a lista negra do Planalto porque afirmou que a palestra do Comandante Militar da Amazônia, General Augusto Heleno, com críticas à política indigenista do governo, não foi uma infração à hierarquia porque foi de conhecimento prévio do comandante da corporação, general Enzo Peri. Lula não gostou de ler na imprensa que o General Madureira tenha dito que o General Peri sabia que Heleno daria “uma aula” no Clube Militar, no seminário “Brasil, Ameaças à Sua Soberania”.
O caldo entornou esta semana. Aproveitando o lançamento do Plano Amazônia Sustentável, que trata das supostas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região, quinta-feira passada, Lula fez elogios ao “patriotismo dos índios” contrariou a versão do Comandante Militar da Amazônia (e de toda cúpula do Exército Brasileiro) de que a política indigenista é “caótica”. O chefão em comando disparou: “Quem é que um dia ousou dizer que nossos índios faziam o país correr o risco de perder sua soberania porque estão em lugares muitos deles fronteiriços com o Brasil? É só ir a São Gabriel da Cachoeira (AM) que a gente vai perceber que grande parte dos militares são índios que estão vestindo a roupa verde e amarela das nossas Forças Armadas”.
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