segunda-feira, 18 de agosto de 2008

VOCÊ, QUE DESEJA UM FUTURO MELHOR: AINDA HÁ UMA SAÍDA!


Dizem que quem avisa amigo é. Mas, às vezes, o inimigo também pode dar preciosas dicas.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve na Universidade de Tal Aviv, no início desta semana e, segundo informou o correspondente do portal de notícias IG em Israel, Nahum Sirotsky, “encantou o público” ao traçar “um quadro histórico e atual do Brasil” que teria levado empresários israelenses a dizerem que o país era ideal para se investir.

Entre outras coisas, FHC disse que o “país está integrado na economia internacional e deixou de ser dependente das potências, inclusive dos Estados Unidos”. Elogiou, e portanto reafirmou, a intenção do Brasil de se posicionar comercial e economicamente no mundo globalizado como “uma potência de exportações de matérias-primas como o ferro, e produtos agrícolas” e que “o Brasil desenvolve tecnologias e está num processo de aprimoramento da formação da sua mão de obra”.

O leitor está sentado? Se não, sente. Porque, acredite quem puder, FHC disse que “o que acontece (hoje, no Brasil) resulta de sermos uma democracia que assegura ao povo os poderes das pressões de suas necessidades que são determinantes”. Disse também, segundo o correspondente do IG, que “Desde o governo dele até agora, o percentual de brasileiros vivendo abaixo do nível de pobreza baixou de 40% para 23%”. É óbvio que o ex-presidente omitiu da platéia o fato de que, concomitantemente (a essa redução da miséria), tenha havido a redução de cerca de 40% no poder aquisitivo da classe-média (correspondente às classes B1 e B2) e que, desta classe, cerca de 49% dos indivíduos e/ou famílias despencaram para as classes C1 e C2.

É a grande celebração da diminuição da distância entre ricos e pobres e das desigualdades promovida pelo Estado neo-robin-hoodiano, que é governado pelas milionárias, e na sua maioria incultas, elites comunistas! E por que NEO-robin-hoodiano? Ora, porque este novo “herói” não tira dos que têm para dar aos que não têm simplesmente – coisa que já seria de questionável caráter justiceiro. De fato, este novo herói tira muito daqueles que trabalham duramente para ter, dá muito pouco para os que nada têm e o restante – que é muito, mas muito dinheiro mesmo – ele coloca direto nas mãos do Estado, da elite que o governa e de seus apadrinhados, é claro. É a neo-escravidão institucionalizada!

Mas, engana-se quem pensa que eu, no início do parágrafo anterior, perguntei se o leitor estava sentado por causa da perplexidade que tamanha blasfêmia, proferida por homem aparentemente tão bem informado, poderia causar.

Não, caro leitor. Meu “acredite quem puder” é conseqüência de meu espanto em relação aos rompantes de caridade que o ex-presidente tem – alguns inclusive eternamente registrados em seus livros – nos quais revela, limpidamente, qual será o futuro que aguarda as vítimas da grande civilização globalizada, cada qual com seu destino predeterminado, muito mais pela sua feliz ou infeliz localização geográfica, dentro desta grande nação universal, doentiamente idealizada, por gente que pretende ser Deus e juiz da humanidade, acima do Bem e do Mal – grupinho ínfimo, porém infinitamente poderoso,
ao qual nosso FHC se fez presente em várias ocasiões.

Onde está a caridade nisso? Ela está justamente no fato de que aqueles que forem capazes de perceber o caráter profético do que está sendo dito, ao menos terão a chance de refletir sobre qual o tipo de neo-escravidão que menos lhes agrida física e moralmente, podendo, então, enquanto isso ainda é possível, partir, de “malas e cuia”, com destino ao espaço físico-geográfico do planeta, onde o escolhido tipo de neo-escravidão seja aquele que por lá for predominar.

Vejam bem. O sonho do “Brasil Primeiro Mundo” acabou. Nada mais bem representativo de nossa situação do que a gíria: “Perdeu, mermão”. Mais uma vez o recado dos donos do mundo está bem claro nas palavras do nosso ex-presidente: o Brasil será o reino exportador de matérias-primas, o reino das indústrias primárias, o reino da compra e venda de commodities de carbono, o reino dos zoológicos de índios, de gente que rebola, de gente que sabe fazer miséria com uma bola no pé, de gente que – como hiena – ri da própria desgraça. Será o reino do tecnicismo e da tecnocracia, ambos completamente desagregados da pesquisa, da capacitação intelectual e da produção do saber. Se você, leitor, não se enquadra nesse perfil de limitada existência intelectual e produtiva, portanto, ainda há uma saída: o aeroporto, embarque internacional, com passagem só de ida.

Não carregue nada daqui. A não ser o sonho do que poderia ter sido esta terra se nela não tivessem habitado tantos vendilhões e, em infinitamente maior número, tantos covardes.

Entenda-se, pode ser que o povo deste país jamais veja o encarceramento de seus políticos e de seus intelectuais de oposição; pode ser que jamais veja um massacre sádico dos grandes, médios e pequenos proprietários rurais por parte da orda insuflada de uns sem-terra em fúria; pode ser que também jamais veja a prisão e o suicídio em massa dos pequenos, médios e grandes empresários, nos centros urbanos, desesperados por tudo perderem. Pode ser, igualmente, que o povo desta terra jamais experimente a fúria da invasão de seu território por tropas terroristo-militares sob o comando de algum vizinho com delírios ditatoriais-revolucionários. É, pode ser que, realmente, os holocaustos comunistas não se repitam por aqui.


Porém, não é por isso que o comunismo já não esteja instalado aqui entre nós. Muito pelo contrário. Quem é que já não ouviu falar dos milionários russos, ou dos chineses, por exemplo? Repare, caro leitor, você já é vítima do achatamento salarial, do desprezo das autoridades para com o seu trabalho, para com a sua saúde, para com a educação de seus filhos e principalmente para com a sua segurança. Você já é assaltado pelo Estado através de uma acachapante carga tributária. Sem segurança, sem capacidade de consumo e sob um Estado que lhe extorque e não lhe dá segurança, onde está a sua liberdade? Você é livre para pagar por casa e comida e para sustentar a elite nababesca dos criminosos e daqueles que dizem governar seu país para você? Tem certeza de que isso é liberdade? Tem certeza de que governam para você?

Muitos questionarão: E a liberdade de imprensa? Sem dúvida, por aqui ainda existe liberdade, desde que não se toque no assunto Foro de São Paulo, como Boris Casoy o fez, antes de ser convidado a se retirar do ar; ou que não se toque no tema de que o partido de Lula – e ele, inclusive –
tem compromisso com a legalização do aborto no Brasil; desde que não se cogite, também, falar da exploração dos Bancos sobre a sociedade brasileira, como se atreveu a fazer Salete Lemos e que, por isso, foi outra que recebeu convite para se retirar do ar. E esses são apenas dois dos casos mais emblemáticos que se pode citar – isso para não falar da “chuva” de processos contra jornalistas.

Mesmo assim, com toda a “liberdade” de imprensa, você, leitor, já sabe de onde veio o dinheiro que os “alopradinhos” do PT usaram para comprar o dossiê Tucano, antes das últimas eleições presidenciais? Sabe quem foi que permitiu que gente do PT conseguisse entrar onde um dos “alopradinhos” estava encarcerado, em horário não permitido, sabe-se lá com que objetivo (vamos insultar nossa inteligência em nome “do nada podemos provar”)? Sabe o que foi feito das cartilhas do PT que foram produzidas e impressas com dinheiro público antes das últimas eleições? Sabe de onde saíram os 29 mil reais que Paulo Okamoto usou para pagar contas de Lula com o PT, dizendo ser um favor de amigo, já que, mesmo em tendo muita amizade ao presidente, recebesse por mês não mais que 6 mil reais? Você sabe, leitor, o que provocou a queda do Boeing da Gol, em setembro de 2006, ou o acidente com o Airbus da TAM, em julho deste ano? Sabe por que os dois atletas cubanos que haviam desistido de voltar para a Ilha Prisão, a partir do Brasil, na época da realização dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, foram repatriados em tempo recorde e em aeronave de prefixo venezuelano?

Agora, aproveitando o embalo de tantas questões, vamos levar as perguntas para o lado pessoal. Ao invés de ficar fazendo várias perguntas sobre sua situação financeira, vou fazer apenas uma, mas que é capaz de traduzir quase tudo sobre seu estilo de vida: você estaria em sérios apuros se, da noite para o dia, lhe retirassem os cartões de crédito e o cheque especial? Se a sua resposta foi sim, muito provavelmente você faz parte da famosa classe média com a qual se pretende extinguir. Atenção: extinguir com a classe e não, pelo menos em princípio, com os indivíduos que dela acabarem bem se conformando em não mais fazer parte – ou seja, aqueles que não se importarem em viver de passado.

O processo é lento e sutil, mas, garanto que muitos se reconhecerão nas pequenas descrições que se seguem.

Plano de Saúde, por exemplo. Primeiro, seu plano de saúde era bastante razoável e você o mantinha porque o sistema público de saúde estava um caos. Então, você passou a ser extorquido com a CPMF, mas tinha esperança de que, afinal, as coisas na saúde pública pudessem melhorar. Hoje, a saúde pública está pior ainda, você continua pagando CPMF - mas agora para que o atual governo compre votos distribuindo bolsa-miséria –, o reajuste de seu plano de saúde foi 10 vezes maior que o de seu salário (praticamente congelado há anos) e, ainda por cima, você passou a ser tratado como se lhe estivessem fazendo caridade; além, é claro, de terem retirado uma série de vantagens que outrora eram oferecidas. Para ter o mínimo do tratamento e das vantagens que tinha antes, você teria que passar para o plano mega-super-plus – coisa que, obviamente, você não tem condições financeiras de fazer, mas que proporciona à nova elite esquerdopata (que rouba, que recebe indenização milionária por ter perdido a luta armada etc.) a chance de desfrutar, graças ao dinheiro que extorquem de você em impostos.

Vamos, também, aos exemplos de tudo que você simplesmente já “deletou” de sua lista de consumo, considerando bens e serviços. Tenho certeza de que você sabe reconhecer um bom produto; mas, nas lojas em que eles são vendidos, nem mais à prestação você consegue comprar (talvez – e dando graças – no seu aniversário ou no Natal). A saída foi partir para o comércio popular e encher a China de dinheiro – enquanto, é claro, ajuda a aniquilar seus colegas de classe (os pequenos e médios empresários dos setores de produção de bens de consumo duráveis), levando-os à falência. É claro que, mais adiante, isso jogará milhões pessoas na turma do bolsa-família, por falta de emprego e, obviamente, na fila dos que aceitarão qualquer trocado para trabalhar nos grandes conglomerados monopolizadores de todo o nosso setor produtivo. Mas, isso é coisa que só grandes gênios da matemática ou pessoas dotadas dos dons paranormais da profecia conseguem visualizar, não é mesmo?

Bem, vamos parando por aqui que já está pra lá de bom. O quadro é o seguinte: a Imprensa pode “urrar” à vontade que, na hora do “vamos ver”, com todas as instituições subjugadas ao seu poder, a elite governamental e seus apadrinhados farão o que bem lhes aprouver. Nesse sentido, aos poucos, vão se calando as vozes de oposição, pela mera constatação de que se trata de perda de tempo. Os próprios autores das denúncias, que acabam, no final, sendo os que mais sofrem punições, servem de exemplo para coibir a disposição de denunciar das pessoas. As oposições políticas já estão praticamente imobilizadas. Quase todos os cargos de relevância das mais importantes instituições da república estão tomados por gente que coaduna com os ideais do partido que está no governo. A sociedade está incapaz de se mobilizar como um todo, perdida e anestesiada.

Assim, o comunismo descobriu como escravizar o sujeito – democraticamente, é claro -, para que ele pense que irá vislumbrar dias melhores e, finalmente a sonhada liberdade e para que, assim, continue trabalhando sem parar, cada vez mais e mais, para financiar o próprio cárcere e, é óbvio, continuar a sustentar a corte governamental e todos os seus beneficiários. Se você quer outro destino para você e para os seus, saia daqui enquanto é tempo!

Rebecca Santoro

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